terça-feira, 7 de outubro de 2008

desire.

Só quem tem o poder de te fazer sentir viva, pode fazer você se sentir morta. Só quem arrepia cada centímetro do seu corpo e faz você sentir o sangue bombear num ritmo charmoso, é capaz de estragar o mundo quando parte. Só quem tem o poder de tornar o mundo leve e fazê-la flutuar, também pode afundar sua noite e fazer com que seu corpo se arraste pelos restos que sobraram da festa. Aonde está a força de negar um desejo se enquanto ele não é saciado continua existindo? Desejos nascem, ocupam lugares interessantes do seu corpo, e não morrem antes de um formigamento exausto, uma manhã suja de arrependimentos, hálitos estragados de amargura e clicks que a vida nos dá, também chamados de momentos de verdade, que em muito se parecem com toques de mágica para você sair do estado encantado e falso da imaginação. O tempo não se encarrega de matar desejos, apenas de substituir os personagens. Você pensa que é forte sendo moralista, respirando fundo, contando até mil, sumindo da festa, rezando, desviando sua atenção, mas ele está lá, abraçado com a sua amiga, enquanto você está quietinha deitadinha calminha. O que irrita é saber que eu fugo que nem uma louca desvairada, que eu viro de lado e disfarço pacas. Queria ter dez minutos com você, o bastante para não mudar minha vida em nada. Quero outra vida. Não estou nem aí pra você. Só penso em você. Você é meu amigo, você é um conhecido, você foi a melhor noite da minha vida. Mais do que qualquer certeza, confusão é paixão. Quis demais que você fosse embora, quis demais que você ficasse pra sempre, quis não pensar, me agarrei numa lógica fria que berrou no meu ouvido que toda ação tem sua reação, mas, a minha reação mal chega perto de o quanto eu reagiria ao toque seu. Então fique no seu cantinho, que eu curto meu desejo se transformar em outra cara, por que eu não aguento mais de tanto poder que você possui no meu desejo.

2 comentários:

Emilly Gama disse...

nossos textos andam meio down.
Adorei (:
amo-te.

ana disse...

é, eu entendo. E gostei, como sempre.