quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Quando caí, contraí minha bochecha contra o chão. Minha tempora latejou fortemente. Meu cérebro quer explodir a lá Hiroshima, causar câncer a tudo, ao redor. provocar dor e redenção, pedidos de misericórdia surdos. Tu tentaste me arrancar como casca de ferida, mas, quer saber? Talvez se utilizar de esforço conseguirá me extrair da tua pele, só que vai sangrar horrores e logo depois, uns dias depois, lá estarei eu de novo, e vou estar lá até cicatrizar, até me eternizar entre seus poros, em um misto de mal inacabável com sufocamento indesejável, mas, necessário e incompatíveis com esse teu sorrizinho medíocre. Eu sou a introspecção dos seus piores erros, a causa dos seus pesadelos, sou a coesão dos seus absurdos, o eu renegado seu, o meu perdido dentro do teu e a ausência latente do 'nosso'. Eu te causo dores agudas ao respirar, um agente etiológico do seu fim e não há diagnostico nem cura, eu sou a doença fatal em ti. Diabolicamente, o ultimo olhar que te lancei foi de cumplicidade, sabes de mim e eu te decifro no meu código cardiológico. Não, eu não posso dançar lentamente contigo, não quero jogos, eu quero ser a polisêmia dentro da tua vida sem ambiguidades e complicações. Rasteje. Tente. Lento. Toda noite ao deitar, lembrará do som dos meus joelhos a baterem no ritmo charmoso na tua parede verde, enquanto tu me adentrava e eu observava bem desinteressada as pernesianas. Por que tu causas desinterrese e desconforto, etimologicamente todos os opostos de iniciações 'des', 'in', 'a'. Indispensável. Apático. Inútil. Insolente. Inexoravelmente desestruturado. Desaprendida a desaparecer da tua antimatéria eu me contraponho a me condenar desapaixonada por seus desatinos.